O Projeto PlanHidro SP promete revolucionar a mobilidade com hidrovias, revitalização de margens e parques fluviais; obras devem começar em 2027.
Parece até coisa de ficção científica: o trânsito caótico de São Paulo dando lugar a barcos deslizando pelo Rio Pinheiros, transportando pessoas e cargas de forma sustentável. Pois é exatamente isso que o PlanHidro SP propõe.
O ambicioso projeto, apresentado no final de 2024, busca transformar o rio em uma artéria de mobilidade urbana e promete mudar o jeito como a cidade se move e enxerga seus rios.
Com mais de 180 km de vias navegáveis planejadas, o plano é uma aposta na integração entre transporte moderno, revitalização ambiental e qualidade de vida para os paulistanos.
O que é o PlanHidro SP?
O PlanHidro SP é um projeto desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo para implementar um sistema de transporte de passageiros e cargas nos rios da cidade, com destaque para o Rio Pinheiros. Além de revitalizar as margens com parques fluviais, o plano visa integrar essa nova modalidade ao transporte público já existente.
Entre as obras previstas estão eclusas, atracadouros de lazer, ecopostos e pontes para pedestres. O objetivo é criar uma alternativa eficiente para reduzir o trânsito nas ruas e avenidas da cidade, além de oferecer uma experiência inovadora aos usuários.
Infraestrutura e detalhes do projeto
O PlanHidro SP será implementado em duas grandes etapas no Rio Pinheiros:
Canal Inferior
Extensão: 10 km (Vila Leopoldina à Eclusa da Traição).
Investimento: R$927,2 milhões.
Infraestrutura:
10 barcos para passageiros, 12 para cargas e 4 para serviços.
Ecopostos em pontos estratégicos como Jaguaré, Jockey e Uberaba.
Atracadouros de lazer e pontes para pedestres.
Canal Superior
Extensão: 17 km (Eclusa da Traição à Guarapiranga).
Investimento: R$ 1,8 bilhão.
Infraestrutura:
11 barcos para passageiros, 12 para cargas e 4 para serviços.
Ecopostos em Morumbi, Santo Amaro e outros locais.
Novas pontes para pedestres, conectando os bairros.
Impactos esperados para São Paulo
Se bem-sucedido, o projeto promete reduzir significativamente o trânsito, conectar a população de forma mais harmônica aos rios e revitalizar áreas degradadas. Além disso, o transporte fluvial pode ser uma alternativa sustentável e inovadora, ajudando a equilibrar o uso de recursos naturais e a reduzir a poluição urbana.
Por outro lado, os desafios são grandes: o custo total do projeto é bilionário, e a manutenção do Rio Pinheiros em condições navegáveis será crucial para o sucesso da iniciativa.
Será que os rios de São Paulo finalmente terão um papel central na mobilidade urbana? Ou os desafios ambientais e financeiros ainda vão atrapalhar esse plano?
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