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Desempenho fraco: economia da Alemanha cresce só 0,1% no 3º trimestre

Foto do escritor: Rafa fabrisRafa fabris

Com um crescimento tímido de 0,1%, a maior economia da zona do euro segue estagnada e levanta preocupações sobre seu desempenho no G7.


Se a Economia da Alemanha fosse um motor, a luz de alerta estaria piscando há tempos. Dados divulgados pelo escritório de estatísticas alemão nesta sexta-feira mostram que, no terceiro trimestre de 2024, o país registrou um crescimento de apenas 0,1% no PIB, abaixo da expectativa preliminar de 0,2%. 


Um desempenho que, para a maior economia da zona do euro, parece um sussurro em vez de um rugido.


Claus Vistesen, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics, não poupou palavras: “A Economia da Alemanha mal avançou no terceiro trimestre, dando continuidade à tendência de praticamente nenhum crescimento”.


PIB estagnado e temores de recessão


O crescimento de 0,1% representa quase uma pausa total na atividade econômica, agravando o histórico recente do país. Desde 2021, a Alemanha tem ficado atrás da média da União Europeia e, em 2024, deve registrar contração pelo segundo ano consecutivo, algo inédito entre as principais economias do G7.


No segundo trimestre, a economia alemã contraiu 0,3%, intensificando os temores de uma recessão técnica — definida como dois trimestres consecutivos de queda. Enquanto o consumo das famílias subiu 0,3% e os gastos governamentais cresceram 0,4%, o investimento em máquinas e equipamentos caiu 0,2%, e no setor de construção, 0,3%.


Exportações: o ponto fraco do gigante


Um dos maiores pilares da Economia da Alemanha, as exportações, registrou uma queda significativa de 1,9% em relação ao trimestre anterior. Dentro desse total, as exportações de bens despencaram 2,4%, puxando para baixo o desempenho geral.


Esse recuo reflete um cenário global desafiador, com menor demanda por produtos alemães, especialmente em setores como automotivo e manufatura, que historicamente impulsionaram o crescimento do país.


O que esperar do futuro?


Apesar do momento de estagnação, há indícios de que o consumo doméstico pode sustentar algum crescimento. A alta na renda real e as taxas de poupança oferecem um leve alívio, segundo Vistesen. 


No entanto, é difícil ignorar que a Economia da Alemanha parece estar desacelerando permanentemente, enfrentando desafios estruturais como transição energética, aumento dos custos de produção e uma força de trabalho envelhecida.

Será que a maior economia da Europa vai encontrar o caminho de volta ao crescimento sólido ou continuará tropeçando enquanto outros países avançam?


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