Com crescimento expressivo e destaque global, energia solar já representa mais de 20% da matriz elétrica do Brasil.
Se o Brasil já é conhecido pelo calor do sol, agora também pode se orgulhar de transformar essa luz em potência global.
O país atingiu a marca histórica de 50 gigawatts (GW) em energia solar, entrando no seleto grupo das seis maiores potências mundiais nesse setor.
O anúncio, feito pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), confirma que a energia limpa é uma das grandes apostas do futuro.
Com essa conquista, o Brasil se posiciona atrás apenas de China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão no ranking global.
A energia solar já representa 20,7% da matriz elétrica nacional, ficando em segundo lugar entre as fontes de energia, superada apenas pelas hidrelétricas.
O que impulsionou o avanço da energia solar no Brasil?
O crescimento da energia solar no Brasil foi impulsionado por dois fatores principais:
Produção descentralizada: Sistemas instalados em residências, comércios e pequenas empresas somam 33,5 GW da capacidade total.
Grandes usinas solares: Contribuem com 16,5 GW, tornando o setor mais robusto.
Só em 2024, o país instalou 119 novas usinas solares, adicionando 4,54 GW à potência elétrica nacional.
Desde 2012, o setor atraiu impressionantes R$ 229,7 bilhões em investimentos, além de gerar R$ 71 bilhões em arrecadação fiscal.
Benefícios econômicos e ambientais
Além de impulsionar a economia, a energia solar tem um impacto ambiental significativo. Em 12 anos, o setor evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.
O mercado também é um motor de geração de empregos, com milhares de profissionais capacitados para trabalhar em projetos fotovoltaicos em todas as regiões do país.
O desafio dos impostos
Apesar do avanço, o setor enfrenta um desafio preocupante: o aumento do Imposto de Importação sobre componentes de painéis solares, de 9,6% para 25%.
A medida, aprovada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior, visa fortalecer a indústria nacional, mas gera preocupações sobre o impacto nos custos e no ritmo de expansão do setor.
Segundo especialistas da Absolar, o aumento pode desacelerar os investimentos e encarecer o acesso à energia solar para consumidores residenciais e pequenos empresários.
O Brasil pode superar os desafios e continuar subindo no ranking global de energia solar? Ou o aumento nos impostos colocará uma nuvem sobre esse mercado promissor?
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