Relatório da OCDE aponta que o Brasil só fica atrás dos EUA em captação de investimento estrangeiro direto no primeiro semestre de 2024.
Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o protagonismo econômico do Brasil, a OCDE veio para jogar os holofotes de vez no país.
De acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (31), o Brasil foi o 2º maior destino de investimento estrangeiro direto (IED) no primeiro semestre de 2024, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
O fluxo global de IED atingiu US$ 802 bilhões, mostrando sinais de recuperação após um cenário de incertezas. Enquanto gigantes como a China viram seus números encolherem devido a tensões geopolíticas e econômicas, o Brasil mostrou resiliência e estabilidade para atrair investidores.
Mas o que faz o Brasil ser tão atraente para o capital global? Vamos entender os detalhes desse relatório da OCDE e o que isso significa para o futuro da economia brasileira.
O que diz o relatório da OCDE?
A OCDE destacou que os investimentos estrangeiros no Brasil se mantiveram estáveis e sólidos nos primeiros seis meses de 2024. Mesmo com oscilações em algumas áreas, os empréstimos intraempresariais e os lucros reinvestidos compensaram a redução nos fluxos de capital.
Enquanto isso, o cenário global mostrou uma recuperação notável, com o fluxo de IED alcançando US$ 802 bilhões no primeiro semestre, um sinal de que o apetite por investimentos está voltando, especialmente em países com oportunidades de crescimento, como o Brasil.
Por que o Brasil é destaque em investimento estrangeiro?
A confiança dos investidores no Brasil pode ser explicada por alguns fatores importantes:
Estabilidade em setores estratégicos: Agricultura, energia renovável, infraestrutura e tecnologia são áreas que continuam atraindo grandes investimentos.
Potencial de crescimento: O Brasil oferece uma economia em expansão e um mercado consumidor gigantesco, fatores que pesam na balança global.
Fuga de risco em outras economias: Com a China enfrentando desafios geopolíticos e econômicos, muitos investidores voltaram os olhos para mercados mais dinâmicos e promissores, como o brasileiro.
De acordo com a OCDE, enquanto países enfrentam desconfiança, o Brasil está em uma posição favorável para se consolidar como destino de investimento estrangeiro direto.
Impacto global: EUA na liderança e China em queda
Os Estados Unidos continuam no topo do ranking global, atraindo a maior parte do investimento estrangeiro, graças ao peso da sua economia e às grandes oportunidades em tecnologia e inovação. Já a China segue em uma trajetória de queda, reflexo das tensões comerciais e políticas que geram desconfiança entre os investidores internacionais.
Para a OCDE, a incerteza econômica na China impulsionou outros mercados emergentes, e o Brasil se beneficiou dessa mudança.
O que o futuro reserva para o Brasil?
A posição de destaque do Brasil no ranking de investimento estrangeiro direto é um sinal claro de que o país tem potencial para crescer ainda mais no cenário global. Mas, como sempre, há desafios: manter o ambiente favorável aos negócios, garantir estabilidade política e econômica e investir em setores estratégicos são fatores essenciais para continuar atraindo capital estrangeiro.
Será que o Brasil vai manter esse ritmo e se consolidar como uma das potências globais em atração de investimentos? E mais: o que o país pode fazer para, quem sabe, alcançar a liderança nesse ranking?
Comments